Para controlar a cor, você precisa comparar diferenças muito pequenas, determinar seu impacto e entender como lidar com este impacto. A precisão das cores é um fator determinante em todos os setores.
Neste post entenderemos mais sobre o que é cor, como ela surgiu e porque é tão importante controlá-la.
Neste artigo, veremos:
o 1. O que é cor?
o 2. Como surgiram os padrões de cor?
o 2.1. Tom, saturação e luminosidade
o 3. Padrão de cores
o 4. Espaços de Cor
o 5. Diferenças de cor
o 6. Iluminantes
Vamos lá!
O tom é o principal atributo da cor, pois é através dele que identificamos uma cor; na imagem acima, a variação de tom ocorre ao redor do círculo. Ele é basicamente como percebemos a cor de um objeto: se é vermelho, verde, azul, laranja e por aí vai. A identificação do tom se dá pela letra H, de Hue, que significa a “essência da cor.”
A saturação é a intensidade da cor, é ela que determina o quão pura a cor é. Quanto mais pura, mais intensa é a cor, logo, é mais saturada; quanto mais “suja” for a cor, será menos intensa e menos saturada. Acima, podemos ver a variação de saturação de maneira radial, ou seja, do centro para as extremidades. Quanto mais perto do centro, mais suja é a cor, tornando-se acinzentada, e quanto mais longe do centro, mais pura e viva é a cor. A identificação da saturação se dá pela letra C.
A luminosidade é o quanto a imagem é clara ou escura. A sua variação é medida através do eixo perpendicular ao círculo, e sua medida vai de 0% a 100%. Quanto mais perto do zero, mais escura é a cor, até chegar ao preto, e quanto mais perto do cem, mais clara é a cor, chegando ao branco. A identificação da luminosidade se dá pela letra L.
Então, quando Munsell queria falar de uma cor, ele citava a sua sigla e a variação. Um vermelho poderia se chamar 10R, por exemplo (R de Red), sendo que os números são equivalentes a variações que um mesmo tom pode ter. Depois ele acrescentava o número do grau de saturação e a porcentagem de luminosidade, por exemplo: 5PB/6/5. O tom é um púrpura + azul violeta, a sua saturação é de nível 6 e a sua luminosidade é de 50%.
Foi a partir dos estudos de Munsell que a CIE (Comission Internationale de L’Eclairage – Comissão Internacional de Iluminação) criou métodos, normas e princípios para quantificar e formular cores; os sistemas que são utilizados hoje, como o L*a*b, LCH e outros que veremos neste post, foram feitos a partir dos primeiros estudos da CIE.
Existem também os espaços de cor, que podem ser descritos como um método para se expressar a cor de um objeto usando algum tipo de notação, como os números, por exemplo, e foram criados pela CIE (Comission Internationale de L’Eclairage – Comissão Internacional de Iluminação), a autoridade na Ciência de Luz e Cor.
E o que é o Delta E?
O Delta E é utilizado para garantir que a cor exibida corresponda exatamente ao que o olho humano percebe. É também a diferença entre duas cores designadas como dois pontos no espaço de cores CIELAB. Quanto maior o valor do Delta E, menor é a precisão da cor.
O Delta E baixo é extremamente importante para os profissionais de criação, pois eles geralmente precisam trabalhar com a replicação exata das cores. As telas com Delta E inferior produzem cores mais precisas sem distorção de cor. Para profissionais é fundamental ter uma reprodução de cores precisa e consistente.
Para verificar a situação de uma cor em relação a uma referência, foi criado uma fórmula matemática chamada DeltaE com sua respectiva abreviação dE.
Os iluminantes padrões da CIE: A, B, C, D e F
Iluminação de filamentos de tungstênio doméstica e temperatura de cor de 285. Usado para aplicações que utilizam lâmpadas incandescentes pois possui uma cor amarelada.
Representa a luz solar do meio-dia. Possui temperatura de cor de 487. Pouco usado atualmente pois não possui uma representação muito boa da luz do dia.
Representa a luz do dia média (não incluindo a região de onda ultravioleta). Possui temperatura de cor de 677 e pode ser usado para testar o metamerismo, contudo é pouco usado atualmente pois não possui uma representação muito boa da luz do dia. Assim, recomenda-se substituí-lo pelo D65.
Também chamado de luz do dia, possui temperatura de cor de 500. Tem uma boa equivalência em todas as frequências do espectro e é o para controlar a reprodução da cor.
Luz do dia média, com temperatura de cor de 650. Esse é um dos iluminantes mais utilizado para representar a luz do dia e é usado na indústria têxtil e em outras de bens de consumo.
Simula a luz fluorescente branca fria usada em escritórios e lojas. Temperatura de cor de 423.
Fluorescente de banda larga, simula a luz do dia do D65. Temperatura de cor de 650.
Fluorescente de banda estreita. Temperatura de cor de 400.
Fluorescente de banda estreita. Temperatura de cor de 300.
Além da iluminação, outros fatores também influenciam na avaliação visual de cores, como por exemplo, stress, cansaço, fadiga retinal, medicamentos, deficiências visuais, idade e até mudanças de humor. Por este motivo, não devemos confiar em nossos olhos ao achar que uma cor é exatamente igual a outra.
Existem também fatores como:
Ilusões de ótica e efeitos de fundo, que podem ser causadas pela luz, sombra, profundidade de percepção, movimento, figuras ambíguas, de distorção impossível ou paradoxal;
Metamerismo, um fenômeno onde duas amostras coloridas são iguais sob uma determinada fonte de luz, mas diferentes em outra condição de iluminação;
Descrição de cores não uniforme, que nada mais é do que descrever uma cor com um só nome; por exemplo, a cor desejada é laranja abóbora e o único nome descrito é laranja. Existem diversos tipos de laranja e a cor no final sairá errada.
Para realizar uma avaliação de cores precisa e consistente, existem equipamentos chamados Cabines de Luz que auxiliam a minimizar o problema em pouco tempo. Estas cabines foram projetadas para tornar a avaliação visual de cores mais fiel a realidade; suas paredes internas são feitas de um material de cor neutra para não interferir na cor da amostra.
O uso de iluminantes no padrão da CIE torna possível a simulação de várias situações de iluminação como luz do sol, lâmpadas incandescente e fluorescente, ultravioleta, etc. Desse modo podemos prever a aparência do objeto e comparar com o padrão para prevenir situações de metamerismo.
A teoria da cor tem alguns pontos que devemos prestar atenção, não é mesmo? Mas a medida que você vai aprendendo, trabalhar com dispositivos e instrumentos de medição se torna muito mais fácil e rápido! A Engecolor trabalha com estes e outros instrumentos em nosso site, não esqueça de dar uma olhada e aproveitar as melhores soluções X-Rite, Pantone e outras!
Para estabelecer um programa de controle de qualidade bem-sucedido, você precisa de pelo menos um bom instrumento de medição e usuários treinados. Mas mesmo com tudo no lugar, existem algumas armadilhas comuns a serem observadas ao usar um espectrofotômetro para analisar a qualidade da cor. Vamos descobrir quais são as cinco armadilhas mais comuns neste post! Vem com a gente!
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A aparência é mais do que simplesmente cor; é uma visão ampla de tudo o que é característico a cada material exclusivo com o qual entramos em contato, incluindo textura, brilho, transparência e efeitos especiais. Cada uma dessas características desempenha um papel e tem um efeito na aparência geral e na compreensão em relação a um único material.