Ao desenvolver um projeto gráfico, é importante prestar atenção à qualidade de impressão para focar no layout e transmitir informações de forma eficaz. Porém, antes de iniciar o projeto, deve-se definir o sistema de impressão mais adequado e considerar o tipo de fonte, a cor e o acabamento do material utilizado para se obter um bom resultado.
Depois de definir formato, margens, cores, imagens e tipografia do seu projeto, é essencial escolher qual processo de impressão será utilizado.
Atualmente, existem muitos processos de impressão que são úteis e rentáveis para cada segmento. Estes são divididos em processos de impressão convencionais e processos de impressão digitais e são definidos pela forma como ocorre a transferência dos elementos gráficos para o substrato de impressão; por isso, se você é um designer, por exemplo, é fundamental que conheça estes processos, afinal, irá agregar mais valor ao seu trabalho e reduzirá as chances de uma frustração no projeto final.
Este conteúdo vai apresentar as formas de impressão mais comuns no mercado gráfico, onde são utilizadas e qual irá se adequar ao seu fluxo de trabalho.
Processos de Impressão Convencionais
Os processos de impressão convencionais são aqueles que contam com matrizes físicas de impressão. Mesmo com a evolução da impressão digital, esses processos continuam sendo amplamente utilizados, pois produzem resultados de qualidade e muitas vezes mais rentáveis.
1. Impressão Offset
A impressão offset é um dos processos mais utilizados na indústria gráfica, pois é conveniente para impressões em grandes quantidades.
As máquinas de impressão offset são capazes de produzir de 4 a 15 mil impressos por hora, quando alimentadas por folhas individuais, ou até 45 mil cópias por hora, se alimentadas por bobinas contínuas de papel.
Ela ocorre com uma matriz planográfica, ou seja, tanto a imagem quanto seu espaço negativo estão no mesmo plano. Por isso a matriz apresenta características físico-químicas: a área com a gravação da imagem é receptiva à gordura ou óleo e a área negativa é receptiva a água. Assim, quando a matriz é umedecida, a tinta que é espessa e oleosa, não adere às áreas úmidas e se aloja somente na região que possui a imagem.
Nesse processo, a matriz não entra em contato direto com o suporte (papel). Isso ocorre, pois a superfície da chapa é lisa e deixaria a imagem borrada. Existe um cilindro intermediário, revestido de uma borracha chamada de blanqueta, que faz a coleta da tinta na matriz e transfere para o suporte. Esse cilindro é necessário pois utiliza-se água para entintar a matriz e a água não pode entrar em contato com o papel.
A matriz utilizada no processo offset pode ser gravada em dois processos: o fotolito (um filme transparente de acetato ou poliéster coberto com sais de prata, fotossensível e serve como a mídia intermediária entre a arte final e o impresso), ou digital, chamado CTP (computer-to-plate), um processo computadorizado que faz uma gravação de imagens e textos a laser nas chapas de alumínio. A chapa então é gerada a partir do arquivo criado digitalmente, sem a necessidade do uso do fotolito.
Passo a passo do processo
– a matriz é gravada pelo processo fotolito ou CTP
– a matriz é umedecida pelos rolos de molhagem, alojando a água nas áreas negativas
– a matriz passa pelos rolos entintadores, alojando tintas nas áreas da imagem
– a blanqueta entra em contato com a matriz, coletando a tinta no formato da imagem
– a blanqueta entra em contato com o suporte, imprimindo a imagem
As impressoras offset podem ser classificadas em planas ou rotativas; as impressoras planas trabalham a partir de folhas soltas enquanto as rotativas utilizam bobinas de papel. As planas oferecem melhor qualidade para impressão de cartão de visitas, panfletos, folhetos, cartazes e livros. As impressoras rotativas são recomendadas para projetos em grande tiragem como revistas e jornais.
2. Rotogravura
A rotogravura (ou processo em baixo relevo) também é um processo de impressão bastante utilizado na indústria gráfica. Diferente da impressão offset, esse processo é direto, ou seja, a matriz de impressão entra em contato direto com o suporte. Isso torna o processo bastante veloz, podendo atingir 500 metros de impressão por minuto, demandando tintas líquidas e voláteis, para rápida absorção e secagem.
As chapas na rotogravura são gravadas em baixo-relevo e ajustadas em cilindros. A tinta penetra nas áreas de baixo relevo, e nas áreas sem relevo a tinta é retirada por uma raspadeira.
Passo a passo do processo:
– gravação do cilindro com a imagem
– o cilindro matriz é imerso na tinta, saindo completamente carregado.
– um rodo metálico, raspa a superfície do cilindro, retirando o excesso de tinta da superfície e mantendo a tinta apenas nas áreas de baixo relevo
– o suporte (papel) passa entre o cilindro matriz e o cilindro de pressão, fazendo a impressão.
O processo de rotogravura é utilizado apenas para impressos de alta tiragem, já que seu maquinário é de grande porte e a produção de suas chapas tem um custo alto. A rotogravura é bastante utilizada em embalagens flexíveis de alimentos, que se beneficiam do processo porque a secagem rápida da tinta é bem interessante para materiais como celofane e alumínio.
3. Flexografia
Assim como a rotogravura, a flexografia é um processo de impressão direta, porém as chapas utilizadas nesse processo são como carimbos, só que em grande escala e de maneira rotativa. Essa simplicidade das chapas reflete no baixo custo de produção e na qualidade final da impressão, inferior em comparação a outros processos. Antigamente as matrizes flexográficas eram gravadas em borracha, mas hoje algumas matrizes são feitas em fotopolímero (um polímero ou plástico que sofre uma alteração nas propriedades físicas ou químicas quando exposto à luz).
Passo a passo do processo:
– gravação da matriz em relevo
– o cilindro com a matriz é pressionado contra um cilindro macio entintado
– o suporte (papel) passa entre o cilindro matriz já entintado e o cilindro de pressão, fazendo a impressão.
O processo de flexografia é muito utilizado como alternativa de baixo custo à rotogravura, principalmente em embalagens de vida útil limitada, como sacolas plásticas, sacos de pão, papel de presente, entre outros.
5. Tampografia
A tampografia é um processo de impressão indireto e relativamente recente. Ele possui um grau maior de complexidade, pois alia a confecção da matriz da rotogravura com a impressão de contato flexográfica. Uma característica única da tampografia é o uso de um tampão, uma peça flexível de silicone que coleta a tinta da matriz a aplica a imagem adaptando-se a superfície.
Passo a passo do processo:
– gravação da matriz plana com a imagem
– a matriz é entintada
– é retirado o excesso de tinta da matriz, deixando a tinta apenas no baixo relevo gravado com a imagem
– o tampão é pressionado sobre a matriz, coletando a tinta.
– o tampão carregado de tinta é pressionado sobre a peça, transferindo a imagem para ela.
A tampografia é bastante utilizada na indústria de brindes, por ter a possibilidade de se moldar a diferentes tipos de objetos. Esse processo também poderia ser aplicado em outros suportes, como papel, entretanto a alta complexidade faz com que outros processos sejam mais viáveis.
Fonte da imagem: Novo Negócio
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